A Dança Cristã #2ªmódulo aula11 - Técnica (Ritmo, tempo e contratempo)


Ritmo, tempo e contratempo


Ritmo

Fonte Wikipédia - A enciclopédia livre

Ritmo vem do grego Rhytmos e designa aquilo que flui, que se move, movimento regulado. O ritmo está inserido em tudo na nossa vida. Nas artes, como na vida, o ritmo está presente.

Vemos isso na música e no poema. Temos a nos reger vários ritmos biológicos que estão sujeitas a evoluções rítmicas como o dos batimentos cardíacos, da respiração, do sono e vigília etc. Até no andar temos um ritmo próprio.

Conceito

Ritmo é o tempo que demora a repetir-se um qualquer fenômeno repetitivo, mas a palavra é normalmente usada para falar do ritmo quando associado à música, à dança, ou a parte da poesia, onde designa a variação (explícita ou implícita) da duração de sons com o tempo. Quando se rege por regras, chama-se métrica.

O estudo do ritmo, entoação e intensidade do discurso chama-se prosódia e é um tópico pertencente à linguística. Na música, todos os instrumentistas lidam com o ritmo, mas é freqüentemente encarado como o domínio principal dos bateristas e percussionistas.

Segundo alguns autores, os conceitos de ritmo podem variar:
Berge: O ritmo é uma lei universal a que tudo submete.
Dalcroze: O caracteriza como princípio vital e movimento.
Platão: Sistematiza o ritmo, colocando-o como definição de movimento ordenado.
ImportânciaA rítmica é uma ciência do ritmo que objetiva desenvolver e harmonizar as funções motoras e regrar os movimentos corporais no tempo e no espaço, aprimorando o ritmo.

Embasando-se nestes conceitos, fica clara a importância que o ritmo tem na nossa vida, tanto através de influências tanto externas quanto internas. O desenvolvimento e aperfeiçoamento do mesmo torna-se muito importante, pois o ser humano é dependente do ritmo para todas as atividades que for realizar, como na vida diária, profissional, desportiva e de lazer.

Na educação infantil (alfabetização), é uma habilidade importante, pois dá à criança a noção de duração e sucessão, no que diz respeito à percepção dos sons no tempo. A falta de habilidade rítmica pode causar uma leitura lenta, silabada, com pontuação e entonação inadequadas.

O ritmo é de grande importância para os professores de Educação Física, pois ele se reflete diretamente na formação básica e técnica, na criatividade e na educação de movimento.

O ritmo pode ser:

individual (ritmo próprio)
grupal (caracterizado muito bem pela dança, o nado sincronizado e por uma série de atividades por equipe)
mecânico (uniforme, que não varia)
disciplinado (condicionamento de um ritmo predeterminado)
natural (ritmo biológico)
espontâneo (realizado livremente)
refletido (reflexão sobre a temática realizada)
Todas estas variações de ritmo podem ser trabalhadas na escola com diferentes atividades.
O ritmo é a pulsação da música. Sem ritmo não há música.

Objetivos

Desenvolver a capacidade física dos educandos assim como a saúde e a qualidade de vida.
Propiciar a descoberta do próprio corpo e de suas possibilidades de movimento.
Desenvolver o ritmo natural.
Possibilitar o desenvolvimento da criatividade para descoberta do estilo pessoal.
Despertar sentido de cooperação, solidariedade, comunicação, liderança e entrosamento através de trabalho em grupo.

Funções

Auxiliar a incorporação técnica.
Estimular a atividade.
Determinar qualidade, melhor domínio e a liberdade de movimento propiciando a sua realização com naturalidade.
Permitir a vivência total do movimento.
Incentivar a economia de trabalho retardando a fadiga e aumentando resultados.
Reforçar a memória.
Facilitar a expressão total.
Criar hábitos de disciplina e atitudes.
Aperfeiçoar a coordenação.
Permitir a produção do prazer.


FUNDAMENTOS DA DANÇA

Por: ROGER DANCE  
Espaço - Forma - Tempo

   Um dos aspectos fundamentais no trabalho de dança criativa é conscientizar profundamente o esquema corporal, em movimento. Com o intuito de desenvolver e aprimorar a percepção justa das formas, do espaço e do tempo, ou seja, dar-se conta do como, onde e quando sucedem-se as modificações corporais.
   Conscientizar um movimento significa percebe-lo, incorporá-lo, conhecê-lo tanto através dos movimentos como dos sentimentos, ou seja, de como ele acontece.

Ø  Forma
É a estrutura, a arquitetura do movimento, ou ainda, simplificando, é o desenho resultante da ação corporal que se projeta no espaço.
Acrescente-se a essa ação um conteúdo ou significado e ela será compreendida em sua totalidade, porque refletirá uma intenção, através da sua função.
   A forma reflete a ação externa e perceptível de uma intenção subjetiva, através da constante e infinita troca de formas que o corpo pode realizar na dança.
Quando o aluno incorpora e assimila esses conceitos, ele se sente encorajado ao desafio, na perspectiva da busca e da descoberta de novas formas.

Fatores Integrantes
Variedade: A forma externa e visível de um movimento e a figura final.
Contraste: Elemento componente da forma e que traduz o inesperado, a surpresa.
Equilíbrio: Mínimo do contato de apoio corporal com o solo. Desenvolve o controle muscular e o poder de concentração, pode ser estático (parado) ou dinâmico.
Sequência: Sucessão de movimentos que se seguem interligados, porém independentes entre si.
Repetição: Número de vezes que um movimento ou sequência podem acontecer. Variam as possibilidades de execução em diferentes planos, níveis e direções
Harmonia: Disposição ordenada dos elementos que compõem um movimento. Possui característica de regularidade, gerência e proporcionalidade.
Clímax: Ápice do movimento é uma ação inesperada, surpreendente. Ou grau máximo da progressão dessa ação, que pode ser isolada, associada ou consequente de outra ação.

Ø  Espaço
Onde o movimento de dança se processa, possui volume e densidade, ou seja, comprimento, largura e altura. Os gestos e expressões se utilizam desses elementos indispensáveis para dar significado, sentido expressivo do conteúdo, quando falamos de espaço, referimo-nos ao todo do contexto onde a ação acontece e não apenas aquela do piso que nos serve de apoio.
Sem deslocamentos corporais: Estão restritas ao espaço compreendido entre o eixo longitudinal do corpo e a maior distância que os segmentos corporais possam alcançar, sem deslocamento.
Através de deslocamento: Onde o corpo se translada de um ponto a outro no espaço.
Utilizando o espaço aéreo: Por meio de saltos e suspensões.
Espaço relativo ao solo: Através de quedas e rolamentos.

Fatores Integrantes
Direção: Indica o rumo que um movimento pode seguir.
Desviado: Movimento que seguindo sua rota natural, imprevisivelmente muda de direção.
Distância: É o traçado realizado por um movimento de ato a outro ato do espaço.
Planos: Quando o movimento é realizado frontal, sagital ou horizontal.
Níveis: Referem-se a altura em que um movimento pode ser realizado.
Nível Alto: Posição em pé, para cima ( saltos).
Nível Médio: Movimento realizado com joelhos ou tronco flexionados.
Nível Baixo: Cócoras, ajoelhado, sentado e deitado.
Direções: São as rotas, caminhos a seguir em relação ao eixo central do corpo.

Ø  Tempo

Subentende-se aqui o tempo referente a todas as coisas do universo e em especial a dança.
O ritmo na dança funciona, entre outras coisas, na utilização da memorização de seqüências de passos, concretização da intensidade do movimento e alimentação do poder de concentração. Estabelecendo um acentuado grau de economia de energia, imprimindo um caráter dinâmico aos esforços.

Fatores integrantes
Pulso: Identifica o caráter de um movimento. Se é alegre, moderado, lento, sóbrio ou vivaz.
Acento: É o tempo mais forte ou acentuado de um movimento.
Intervalo: Distância quase imperceptível de um movimento para outro, quando em seqüência fluente.
Duração: Medida de permanência de um movimento. E que pode ser percebido do início até o seu final.
Intensidade: Condicionada aos fatores energia ou força, liberados pela ação - movimento fraco ou forte.
Velocidade: Refere-se a aceleração ou retardamento na execução de movimentos, podendo ser lenta, média ou rápida.

Contratempos

O contratempo é um adorno realizado para que os passos sejam melhor elaborados, é um passo usado em vários ritmos, porem deve ser cuidadosamente trabalhado, pois cada estilo tem o seu tempo. Isso é de máxima importância por existir uma grande possibilidade de erro em sua execução.
Serve de passagem entre um passo e outro, portanto se houver erro, o bailarino pode perder o equilíbrio e o tempo exigido pelo ritmo; deixando uma impressão de má realização da dança.
Contudo se bem dançado, fica clara a sua beleza e a sua importância.
O contratempo gera oportunidades para novas coreografias, estimulando a criatividade e o aperfeiçoamento de todos os ritmos.

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